21 de fevereiro de 2013
Ex-Grão-Mestre é inocentado
Ex-Grão-Mestre é inocente
Três anos após ser inocentado pela Justiça da acusação de ter comandado um suposto esquema de lavagem de dinheiro na Grande Loja Maçônica de Brasília, o ex-Grão-Mestre Edelcides Lino de Melo faz uma avaliação positiva da crise que enfrentou.
A acusação, publicada em uma revista semanal de circulação nacional, levantava suspeitas sobre a gestão de Edelcides à frente da Grande Loja Maçônica. Segundo a matéria, ele teria usado laranjas para arrendar um imóvel pertencente à Maçonaria em favor de uma escola na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal.
Na época, a Maçonaria não mediu esforços para lhe oferecer todo o apoio. Inclusive formalizou, durante o Congresso Nacional da Maçonaria, realizado em Foz do Iguaçu, uma manifestação favorável ao então Grão-Mestre. Ao mesmo tempo e sem se furtar do seu compromisso com a ética e a retidão, a Maçonaria abriu um longo e criterioso processo investigativo em busca da verdade dos fatos.
Na avaliação de Edelcides, a acusação foi fruto de perseguição política, já que as supostas ilegalidades ganharam notoriedade em julho de 2006, extatamente durante a campanha eleitoral para o comando da Grande Loja Maçônica de Brasília.
" Foi uma fase muito difícil, tive minha vida pessoal, familiar e profissional totalmente devassadas, sem, ao menos, ter direito de resposta. "
Ex-Grão-Mestre Edelcides Lino de Melo, inocentado pela Justiça
"Tenho certeza de que foi motivação política. Usaram o meu nome e o nome da minha família para atrapalhar o processo eleitoral e criar um enorme constrangimento em toda a nossa irmandade. Foi uma fase muito difícil, tive minha vida pessoal, familiar e profissional totalmente devassadas, sem, ao menos, ter direito de resposta. Hoje, sinto-me eternamente grato por todo o apoio dos irmãos maçons, que desde o início estiveram ao meu lado e, sobretudo, da minha família, que soube enfrentar e superar todas as acusações levianas e aguardar, com serenidade, a decisão da Justiça", agradece, aliviado.
Investigações
O ex-grão-mestre foi investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e do Distrito Federal, pela Corregedoria Geral da Polícia Civil do Distrito Federal e pela Comissão Especial de Sindicância Maçônica. Em seu despacho de arquivamento, a juíza Edionida Costa Lima, da 3ª Vara Criminal de Brasília, concluiu, por falta de provas, pela lisura da gestão de Edelcides, no período entre 2002 e 2009, e determinou o arquivamento do processo. "Sinto-me em paz com a minha consciência e totalmente tranquilo pela verdade que prevaleceu. Jamais macularia a imagem da Maçonaria."
Nota de desagravo
Desde o início do processo, a Maçonaria manifestou todo o apoio ao Grão-Mestre e, após o arquivamento da denúncia e a confirmação da sua inocência, a Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil (CMSB) expediu, em julho de 2012, uma nova Nota de Desagravo em favor do Grão-Mestre Edelcides Lino de Melo.
Texto da Nota:
" Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - CMSB
DESAGRAVO
A Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - C.M.S.B., com a representação de suas 27 (vinte e sete) Grandes Lojas do Brasil vem a público dizer que a matéria publicada na revista Isto É, edições 1915 e 1920 sob o título 'CONFLITO NA MAÇONARIA' onde reproduziu denúncia de terceiros a respeito do então Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Distrito Federal EDELCIDES LINO DE MELO, que após apreciação dos fatos ali informados em todas as instâncias maçônicas, cíveis e criminais, tudo já transitado em julgado, são inverídicos; razão pela qual manifesta o presente DESAGRAVO ao Irmão Maçom, sempre merecedor de toda a credibilidade da Instituição, por sinal manifestada anteriormente e ora ratificada.
VANDERLEI FREITAS VALENTE - PGM (Assinado acima)
Secretário Geral "
Relatório do delegado de polícia, Mario Jorge: defesa da Maçonaria
(Ao lado da frase acima, há a reprodução do relatório do delegado Mario Henrique Garcia Jorge, da Corregedoria Geral de Polícia de Brasília, em que aparecem destacados os seguintes trechos:)
" A instituição age com grande rigorismo ético e moral " e " ...as denúncias se deram única e exclusivamente em razão da disputa eleitoral que definiria os novos dirigentes da Grande Loja Maçônica... "
Abaixo, reprodução da matéria, publicada sob forma de informe publicitário na página 22 da revista Veja, edição 2.308, de 13 de fevereiro de 2013: