A Loja Frederico II Nº 54 comemorou na última quinta-feira, 24 de junho, os seus 70 anos, reunindo os Irmãos em trabalho de Banquete Ritualístico. Esse dia, 24 de junho, marca a data da primeira reunião da Loja, em 1951.

O evento ocorreu no salão de ágapes da Loja Luz e Ordem, no primeiro andar do Palácio Maçônico Oswaldo Nunes.

As comemorações seriam ainda maiores caso não houvesse pandemia. Pelo mesmo motivo, o número de presenças foi limitado e o distanciamento, respeitado. Entre os presentes estava o Sereníssimo Grão-Mestre, Respeitabilíssimo Irmão Tadeu Gomes Xavier, que recebeu o malhete para a condução dos trabalhos e, a seguir, o devolveu ao Venerável Mestre da Loja Frederico II, Irmão João Estevão Baptista, para que guiasse o banquete.

“É uma honra e, também, uma responsabilidade muito grande conduzir os trabalhos da nossa Frederico II no transcurso de seus 70 anos. Agradeço aos Irmãos pela confiança e pelo empenho de todos, especialmente em tempos tão complicados como este da pandemia. Com a união que caracterizou nossas primeiras sete décadas, estamos passando por tudo isso e fortalecendo nossas colunas”, ressaltou o Irmão João Estevão Baptista.

Os trabalhos transcorreram em harmonia e com a confraternização que marcou os primeiros 70 anos de vida da Frederico II. O Irmão Clenio Falkenberg, em seu discurso, agradeceu a presença de todos. Depois, apresentou um histórico destacando alguns dos principais acontecimentos da profícua história da Loja.

Como não poderia deixar de ser, foram lembrados os Irmãos Pedro Manoel Ramos e João Otávio Cezar Lessa, ambos ex-Grãos-Mestres da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, oriundos das colunas da Frederico II. Eles e outros Irmãos compuseram a administração, as comissões e outros departamentos da Grande Loja ao longo do tempo, contribuindo para o desenvolvimento da Maçonaria gaúcha.

“O Banquete Ritualístico atendeu a todas as expectativas. Agradeço aos Irmãos pela dedicação para que tudo saísse a contento e ao Grão-Mestre por engrandecer o evento com sua presença e cordialidade”, comenta o coordenador da Comissão de Festejos dos 70 Anos, Irmão Aguinaldo Ferreira. “Pretendemos estender a comemoração a outros eventos e com a companhia de mais Irmãos e familiares, conforme os protocolos sanitários permitirem”, projeta Ferreira, que também é ex-patrão do DTG Mala de Garupa.

Para encerrar, os Irmãos receberam um mimo. As taças utilizadas durante o jantar, com a marca das comemorações dos 70 anos, foram levadas como recordação.

Histórico da Cinq.'. Ben.'. Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Simb.'. Frederico II Nº 54 - Corria o dia 24 de junho do ano de 1951, não por acaso o Dia de São João, quando reuniram-se, em um centro de Umbanda localizado no número 413 da rua Coronel Genuíno, os Irmãos que elevaram as colunas desta hoje Cinq.'. Ben.'. Aug.'. e Resp.'. Loj.'. Simb.'.. O prédio ficava quase na esquina com a rua Washington Luiz, próximo à Ponte de Pedra, local atualmente conhecido como Largo dos Açorianos.

Frederico II, da Prússia, foi definido o patrono da Loja que ali era fundada. A Carta Constitutiva foi expedida pela Grande Loja da Alemanha, dada a origem étnica de parte dos sete MM ali reunidos. Após quase dois anos, em abril de 1953, o decreto nº 434 da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul tornou a Loja Frederico II uma integrante de sua potência, designando-lhe o número 54. A Loja Frederico II Nº 54 foi instalada no dia 17 do mês de abril do ano de 1953, no Templo cedido pela Loja Bento Gonçalves.

Ao longo destes 70 anos de profícua existência, a Augusta Oficina, inspirada nos princípios humanitários que seu patrono Frederico II, o Grande, deixou como herança à humanidade, trabalhou harmonicamente para promover o bem-estar das sociedades rio-grandense, brasileira e universal.

Para isso emprestou de seus quadros, nobres Irmãos que serviram à Grande Loja e à sociedade como um todo em seus trabalhos, lares, grupos de convívio e entidades. Por onde passam os Obreiros desta Augusta Oficina levam junto de si a marca indelével de ser um filho da Frederico II.

Maçonicamente, os expoentes foram aqueles que, até hoje, fizeram parte da Grande Administração de nossa Potência. Especialmente os Irmãos Pedro Manoel Ramos e João Otávio Cezar Lessa, ex-Grãos-Mestres da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul, tendo, assim, levado o nome de nossa Loja a todos os recantos do Estado, do Brasil e a diversos países mundo afora. Internamente foram responsáveis pela união entre Irmãos, Lojas e, o mais impressionante, Potências. Serviços prestados que jamais serão esquecidos por todos os Irmãos.

À luz dos elevados princípios que erigiram suas colunas, a Frederico II buscou sempre atingir o verdadeiro escopo da Maçonaria Universal, pois nunca se afastou da simplicidade do eterno ideal da Ordem, legado que procuramos evidenciar aos Maçons contemporâneos para deixar como registro e, principalmente, motivar-nos a erguer novas obras.